Revista Eco-Pós: Anúncios https://ecopos.emnuvens.com.br/eco_pos Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRJ pt-BR Mon, 19 Dec 2022 18:58:57 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 REVISTA ECO-PÓS: CHAMADA DE ARTIGOS (CFP) - 2026 https://ecopos.emnuvens.com.br/eco_pos/announcement/view/334 <h3><strong><span class="selectable-text copyable-text">- </span></strong><strong><span class="selectable-text copyable-text">Dossiê "Materialidades da Inteligência Artificial: implicações socioambientais e perspectivas ecológicas" </span></strong><strong><span class="selectable-text copyable-text">(v. </span></strong><span class="selectable-text copyable-text"><strong>29, n. 1)</strong></span></h3> <p>A inteligência artificial tem gerado transformações profundas e de grande impacto na sociedade contemporânea. Apesar do crescimento exponencial nos últimos anos, as implicações socioambientais associadas a essa “revolução” em curso permanecem pouco exploradas. Esses efeitos se manifestam em diferentes etapas da cadeia de produção das ferramentas de IA. Os <em>data centers</em>, por exemplo, demandam grandes volumes de água para resfriamento, enquanto o treinamento de sistemas e modelos generativos consomem quantidades expressivas de energia. Como ocorre com muitas mudanças catalisadas pela tecnologia, seus legados negativos são frequentemente negligenciados em favor dos benefícios que oferecem. Do ponto de vista do usuário, a praticidade do resultado costuma se sobrepor ao processo que o viabiliza. Além disso, a IA, na esteira das tecnologias digitais e computacionais, tende a ser promovida em profunda desconexão com o ambiente, tornando a sua materialidade pouco visível. Nesse sentido, é importante reconhecer não apenas o potencial das inúmeras formas de inteligência artificial que vêm surgindo, mas também suas implicações em diferentes escalas. A concentração de oligopólios é apenas a face mais visível de um conjunto complexo de problemas. As <em>Big Techs</em> têm impulsionado a expansão do setor<strong>, </strong>deixando explícito que esse modelo de tecnologia atua como um instrumento de exercício de poder que, sob o discurso da “inovação”, frequentemente reforça hierarquias e aprofunda assimetrias entre quem as desenvolve, quem as usufrui e quem é por elas afetado. Diante disso, a discussão sobre IA não pode se restringir apenas à eficiência ou à inovação técnica. Trata-se de um campo que exige uma análise crítica das estruturas que moldam seu desenvolvimento e controle, bem como o fortalecimento de mecanismos que permitam compreender as suas infraestruturas, seus arranjos materiais, seu caráter situado e intimamente interconectado a processos socioambientais. Se, em um primeiro momento, os centros de processamento de dados estavam concentrados predominantemente na América do Norte, observa-se atualmente sua disseminação para diversas regiões do mundo. Essas infraestruturas, responsáveis pelo armazenamento, treinamento e execução de plataformas computacionais, levantam questões acerca da sustentabilidade e das consequências associadas a essa atividade. A instalação de <em>data centers</em> em novas localidades tem provocado disputas pelo uso de recursos, intensificado custos climáticos e desigualdades e pressionando mecanismos regulatórios ainda pouco preparados para lidar com as especificidades tecnopolíticas e socioambientais desse processo. Em outra perspectiva, a crescente busca por dados tem se revelado o novo capítulo da “corrida do ouro”, ampliando enormemente o alcance do impulso extrativista das tecnologias digitais e computacionais. Muito do aprendizado de máquina (<em>machine learning</em>) é feito com base na extração de dados sem o consentimento de seus criadores. A noção de uma máquina totalmente “autônoma” é falaciosa. Por trás de toda a automação “inteligente”, existe uma massa de trabalhadores e trabalhadoras precarizados, encarregados de atividades essenciais para o funcionamento de modelos que lucram com essa invisibilidade. À luz dessas transformações, compreender as múltiplas implicações da IA exige uma perspectiva ecológica, capaz de articular dimensões ambientais, sociais, tecnopolíticas e econômicas. Para além do diagnóstico de riscos e impactos, cabe fortalecer perspectivas e abordagens capazes de mobilizar e compreender os emaranhados sociotécnicos e ambientais da IA, propondo meios de responder pelos mundos que aí vem sendo gestados.</p> <p>Este dossiê proposto para a Revista Eco-Pós convida à reflexão sobre as implicações socioambientais da inteligência artificial e à experimentação de perspectivas ecológicas e situadas, atentas às dinâmicas semiótico-materiais e aos arranjos infraestruturais que envolvem essas tecnologias. Pretende-se reunir aqui contribuições que explorem desde os impactos ambientais diretos (como consumo energético, demanda por recursos naturais) até as implicações sociais, materiais e políticas da expansão desses sistemas computacionais. Além disso, são bem-vindas análises que tensionam as abordagens hegemônicas do setor, evidenciando brechas, rupturas e caminhos possíveis para a construção de alternativas sociotécnicas e tecnoecológicas.</p> <h3><strong><span class="selectable-text copyable-text">Prazo de submissão: até 15 de março de 2026<br />Editores: Fernanda Bruno (UFRJ) e Lucas Murari (UFRJ) <br />Estimativa de publicação: maio/junho de 2026</span></strong></h3> <p> </p> <h3><strong><span class="selectable-text copyable-text">- </span></strong><strong><span class="selectable-text copyable-text">Dossiê "Dilemas e desafios da regulação das plataformas digitais no contexto da comunicação política" </span></strong><strong><span class="selectable-text copyable-text">(v. </span></strong><span class="selectable-text copyable-text"><strong>29, n. 2)</strong></span></h3> <p><span style="font-weight: 400;">A maioria dos dilemas que convocam o debate público no mundo contemporâneo é de natureza comunicacional e guarda correlação direta com as crescentes midiatização da vida cotidiana e digitalização das dimensões sociais, políticas e econômicas das interações humanas. Diante dos diversos diagnósticos de crises da democracia, das múltiplas faces da desinformação, dos discursos de ódio, das radicalizações políticas e das transformações significativas no mundo do trabalho, múltiplos atores, organizações e instituições sociais, políticos e jurídicos têm sido convocados a debater a necessidade da regulação do sistema comunicacional, marcado pela coexistência de meios digitais e tradicionais.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">O advento e a popularização das plataformas digitais produziram uma nova mudança estrutural da esfera pública, como defende o próprio filósofo J</span><span style="font-weight: 400;">ü</span><span style="font-weight: 400;">rgen Habermas. Com isso, fenômenos sociais e políticos com implicações diretas sobre os pilares das sociedades democráticas têm ganhado vida ou novos contornos desafiadores, a exemplo da polarização política, da radicalização ideológica e das diferentes crises epistêmicas diretamente relacionadas com a descredibilização da ciência e de instituições fundamentais para a vida democrática, a exemplo das atitudes antivacina, da degradação do capital social de autoridades científicas e da desconfiança em sistemas eleitorais. Muitos desses problemas tendem a ser atribuídos a um conjunto de práticas e determinantes estruturais das plataformas digitais, a exemplo do sistema de monetização, das engrenagens de curadoria e da baixa ou efetivamente nula transparência sobre os critérios que regem o regime de publicidade digital desses ambientes. </span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Este dossiê temático busca reunir artigos focados no debate sobre a regulação dos meios digitais no contexto de comunicação política, sem que se deixe de observar o compromisso científico fundamental de abertura para abordagens críticas e dissonantes em relação à adoção desse expediente de controle social, econômico e político. Para isso, convida para a publicação de trabalhos multidisciplinares que reflitam criticamente sobre os seguintes tópicos e outros correlatos:<br /></span><span style="font-weight: 400;">- Abordagens transnacionais comparadas sobre modelos de regulação das plataformas digitais <br /></span><span style="font-weight: 400;">- Dilemas legais, éticos e políticos nas investidas de regulação com atenção especial aos primados das liberdades políticas e civis; <br /></span><span style="font-weight: 400;">- Perspectivas críticas sobre a regulação dos meios digitais; <br /></span><span style="font-weight: 400;">- </span><span style="font-weight: 400;">Regulação sob a perspectiva das novas mudanças estruturais da esfera pública; <br /></span><span style="font-weight: 400;">- Desafios à regulação eleitoral no contexto da expansão da propaganda política online e da cobertura midiática às pesquisas de intenções de voto; <br /></span><span style="font-weight: 400;">- A construção da agenda midiática e as percepções públicas sobre a regulação das plataformas digitais; <br /></span><span style="font-weight: 400;">- Autorregulação ou regulação estatal: soberania digital, transparência algorítmica e moderação de conteúdo; <br /></span><span style="font-weight: 400;">- Políticas de transparência, remoção e rotulação de conteúdos em contextos eleitorais. </span></p> <h3><strong><span class="selectable-text copyable-text">Prazo de submissão: até 15 de maio de 2026<br />Editores: Camilo Aggio (UFMG) e Eurico Matos (FGV Comunicação) <br /></span><span class="selectable-text copyable-text">Estimativa de publicação: setembro/outubro de 2026</span></strong></h3> <p> </p> <p> </p> https://ecopos.emnuvens.com.br/eco_pos/announcement/view/334 Mon, 19 Dec 2022 18:58:57 -0300 EXPEDIENTE DA REVISTA ECO-PÓS https://ecopos.emnuvens.com.br/eco_pos/announcement/view/330 <p>Endereço: <a href="http://revistaecopos.eco.ufrj.br/">http://revistaecopos.eco.ufrj.br</a><br />Contato: ecopos.ufrj@gmail.com</p> <p>Editores<br />Fernanda Bruno<br />Marcelo Kischinhevsky<br />Lucas Murari</p> https://ecopos.emnuvens.com.br/eco_pos/announcement/view/330 Sun, 21 Mar 2021 00:00:00 -0300 Indexadores https://ecopos.emnuvens.com.br/eco_pos/announcement/view/3 A Revista ECO-Pós está indexada em diversas bases de artigos científicos nacionais e internacionais. São as seguintes:<br /><br /><strong>Latindex</strong> - Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal<br /><p><a href="http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=1&amp;folio=22841">http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=1&amp;folio=22841</a></p><p><strong>Sumários</strong> -Sumário de Revistas Brasileiras</p><p><a href="http://www.sumarios.org/revistas/revista-eco-p%C3%B3s"> http://www.sumarios.org/revistas/revista-eco-p%C3%B3s</a></p><p><strong>UIFactor</strong> - Universal Impact Factor</p><a href="http://www.uifactor.org/JournalDetails.aspx?jid=2841"> http://www.uifactor.org/JournalDetails.aspx?jid=2841</a><p><strong>IBICT/SEER</strong> - Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas</p><a href="http://seer.ibict.br/index.php?option=com_mtree&amp;task=viewlink&amp;link_id=2755&amp;Itemid=109">http://seer.ibict.br/index.php?option=com_mtree&amp;task=viewlink&amp;link_id=2755&amp;Itemid=109</a><p><strong>Diadorim</strong> -Diretório de de Políticas de Acesso Aberto das Revistas Científicas Brasileiras</p><p><a href="http://diadorim.ibict.br/handle/1/644"> http://http://diadorim.ibict.br/handle/1/644</a></p><p><strong>Portal de Periódicos da Capes</strong></p><p><a href="http://www.periodicos.capes.gov.br/"> http://www.periodicos.capes.gov.br/</a></p> https://ecopos.emnuvens.com.br/eco_pos/announcement/view/3 Tue, 10 Jun 2014 00:00:00 -0300