Mulheres migrantes e WhatsApp

Um estudo etnográfico na pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.27953

Palavras-chave:

Etnografia, Migração feminina, Mulheres bolivianas, Redes sociais digitais, WhatsApp

Resumo

Este artigo relata a pesquisa de campo realizada para dissertação de mestrado que olha para a rede comunicativa de uma associação informal de mulheres migrantes, principalmente bolivianas, residentes na Região Metropolitana de São Paulo, inseridas no nicho laboral da costura. A pesquisa fonte ancora-se em um trabalho de campo etnográfico, que busca investigar como tal rede se estrutura, é acionada e em que medida potencializa a capacidade de agência das mulheres, a partir dos estudos das mídias digitais, da migração feminina, dos estudos decoloniais e de gênero. Este artigo em específico recorta e apresenta o trabalho de campo empreendido, que se iniciou pouco antes do início da pandemia e se desenvolveu em pleno ápice desta, e aponta achados relativos à utilização do WhatsApp pelo grupo.

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Biografia do Autor

Cláudia Lago, ECA USP

Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SP, Brasil. Professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) no curso Licenciatura em Educomunicação, e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo SP. Brasil. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da ECA/USP.

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Publicado

08-11-2023

Como Citar

Camargo Canjani, E., & Lago, C. (2023). Mulheres migrantes e WhatsApp: Um estudo etnográfico na pandemia. Revista Eco-Pós, 26(2), 408–431. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.27953