Mirando montagens nas encarnações da Secca de 1877/78 em fotografias de corpos flagelados
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i2.28184Palavras-chave:
Seca de 1877, Fotografia, Flagelados, CorpoResumo
O conjunto fotográfico em carte-de-visite intitulado Secca de 1877/78, realizado em colaboração entre José do Patrocínio e Joaquim Antônio Corrêa, mobiliza corpos de retirantes em Fortaleza para compor imaginários sobre os flagelos da fome e da miséria que assolavam a região em período de estiagem. Em conjunto com relatos jornalísticos, as imagens de corpos flagelados constituíram-se como testemunhos visuais da barbárie frente aos moradores da Guanabara que se recusavam a acreditar nas narrativas partilhadas por jornais e por parlamentares demandando políticas de assistência. Associadas a frases que propõem sentidos às imagens, retomamos estas proposições tomando-as como ‘montagens’ pelas quais nos propomos a discutir sobre as relações com o corpo no ato fotográfico a partir das inscrições emergentes naquele contexto e nas composições de arquivo em que as acessamos.
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