O ruir da cidade: O que resta da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v21i3.12405Resumo
Através desta escrita, buscamos realizar um encontro entre a cidade e suas recordações, a partir da compreensão de que recordar está ligado a uma perda, enquanto o procedimento de armazenar permite recuperar as informações em sua totalidade. Cremos, por conseguinte, que a cidade incide como uma espécie de espaço de recordação, na qual operamos novas visualidades quando coadunamos as imagens com os fragmentos de sua ruína, produzindo um deslocamento e um entrecruzamento de paisagens inéditas. Buscamos, outrossim, relacionar a cidade intensiva e plural, com a experiência da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre (RS), uma vez que a Oficina opera como um meio de passagem que permite, através da arte, apropriar-se dos destroços, inventando novos modos de percorrer a cidade, bem como, de vê-la e habitá-la junto às suas sobrevivências.
Downloads
Referências
ARAGON, Louis. O camponês de Paris. Trad. Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural.
Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011.
BARTHES, Roland. A câmara clara. Nota sobre a fotografia. Trad. Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1984.
BAUDELAIRE, Charles. “O pintor da vida moderna”. In: Fundadores da modernidade. Trad. Philippe Willemart. São Paulo: Ática, 1991, p. 102-119.
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”. In: Obras escolhidas: Magia e técnica, arte e política. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BENJAMIN, Walter. “Über den Begriff der Geschicte. In: Gesammelte Schriften. v. 1. Frankfurt/M: Suhrkamp, 1980.
CALVINO, Ítalo. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
DIDI-HUBERMAN, Georges. L'Image survivante. Paris: Minuit, 2002.
FEITOSA, Charles. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006.
PELBART, Peter Pál. “A comunidade dos sem comunidade”. In: Vida capital: ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003, p. 28-41.
PENA FILHO, Carlos. Livro Geral. Recife: Gráfica e Editora Liceu, 1999.
PLATÃO. República. 2. ed. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: Edupfa, 1988.
PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Ed. 34, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.