O ator estrutural no cinema experimental
DOI:
https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i1.27654Resumo
Nos filmes fora do enquadre do que se convencionou chamar de arte cinematográfica clássica, prosperou um tipo de manifestação do jogo do ator que preconizava a exposição de suas técnicas de preparação e/ou do ensaio filmado em detrimento de seu aspecto finalizado. Este trabalho descreve como o ator estrutural, na história e geografia dos cinemas experimentais e modernos, deslocou para outros campos de influência a relação de ambiguidade do mecanismo de identificação no jogo do ator e a dialética como função da obra de arte. Para isto, sustenta que houve uma pregnante leva de atores e atrizes que subverteu os princípios do jogo naturalista no âmbito da arquitetura fílmica, no desenvolvimento do tempo e na grafia do corpo do ator no cinema.
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