O ator estrutural no cinema experimental
DOI:
https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i1.27654Abstract
Nos filmes fora do enquadre do que se convencionou chamar de arte cinematográfica clássica, prosperou um tipo de manifestação do jogo do ator que preconizava a exposição de suas técnicas de preparação e/ou do ensaio filmado em detrimento de seu aspecto finalizado. Este trabalho descreve como o ator estrutural, na história e geografia dos cinemas experimentais e modernos, deslocou para outros campos de influência a relação de ambiguidade do mecanismo de identificação no jogo do ator e a dialética como função da obra de arte. Para isto, sustenta que houve uma pregnante leva de atores e atrizes que subverteu os princípios do jogo naturalista no âmbito da arquitetura fílmica, no desenvolvimento do tempo e na grafia do corpo do ator no cinema.
Downloads
References
AMIEL, Vincent. Le corps au cinema: Keaton, Bresson, Cassavetes. Paris: Presses Universitaires de France, 1998.
ALBERA, François. L’Avant-Garde au cinèma. Paris: Armand Colin, 2005. (Col. Armand Colin Cinéma).
BRECHT, Bertolt. Estudos sobre teatro. (2ª. Ed.) Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
BRENEZ, Nicole. De la figura en général e du corps en particulier – L’invention figurative au cinema. Louvain-la-Neuve – Bégica: De Boeck, 1998.
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder, a inocência perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. (trad. Augustin de Tugny, Oswaldo Teixeira, Rubens Caixeta). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 2005. (Cinema 2).
DEVILLE, Vincent. Les formes du montage dans le cinema d’avant-garde. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2014. (Col. “Le Spectaculaire”).
GATTI, Luciano. Benjamin e Brecht: a pedagogia do gesto. São Paulo, Universidade de São Paulo, Cadernos de Filosofia Alemã, n. 12, jul. – dez. 2008, p. 51–78.
GIDAL, Peter (Ed.) Structural film anthology. London: British Film Institute, 1978.
GOW, Gordon. On Malcom LeGrice. In: GIDAL, Peter. Structural film anthology. London: British Film Institute, 1978. P. 30 – 32.
IAMPOLSKI, Mikhail. Rosto-máscara e rosto-máquina. In: ALBERA, François (Dir.). Vers une théorie de l'acteur: Colloque Lev Kouléchov. Lausanne: L'Age d'Homme, 1994. P. 25-40.
JANUZELLI, Antônio (Janô). A aprendizagem do ator. São Paulo: Ática, 1992.
KUBELKA, Peter. Interview with Peter Kubelka por Jonas Mekas. In: GIDAL, Peter. Structural film anthology. London: British Film Institute, 1978. P. 98–108.
LYRA, Bernadete. A nave extraviada. São Paulo: Annablume; ECA-USP, 1995.
PAVIS, Patrice. A análise dos espetáculos: teatro, mímica, dança, dança-teatro, cinema. São Paulo: Perspectiva, 2011.
RAMOS, Fernão. Cinema marginal (1968/ 1973) – a representação em seu limite. Brasília; São Paulo: EMBRAFILME; Brasiliense, 1987.
SANTAELLA, Lúcia. Matrizes da linguagem e do pensamento: Sonora, visual, verbal. São Paulo: FAPESP/ Iluminuras, 2001.
SITNEY, P. Adams. Structural film. In: DIXON, Wheeler W.; FOSTER, Gwendolyn A. Experimental cinema, the film reader. Londres; Nova York: Routledge, 2002. P. 227-238.
TEIXEIRA, Francisco E. Cinemas “não narrativos”. Experimental e documentário – passagens. São Paulo: Alameda, 2012.
THOMPSON, Kristin. Breaking the glass armor - Neoformalist film analysis. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1988.
VIVIANI, Christian. Le magique et le vrai. Aix-En- Provence: Rouge Profond, 2015.
XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. (3ª. Ed.). São Paulo: Paz e Terra, 2005.
__________. Alegorias do subdesenvolvimento – cinema novo, tropicalismo e cinema marginal. São Paulo: Brasiliense, 1993.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Revista ECO-Pós
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.