Um Grande Dia para as Escritoras:

Olhares interseccionais para a literatura escrita por mulheres e a articulação coletiva de autoras nas mídias sociais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i3.28246

Palavras-chave:

Literatura escrita por mulheres, Um Grande Dia para as Escritoras, Interseccionalidade, Mídias sociais, Fotografia

Resumo

O artigo aborda a literatura escrita por mulheres a partir do movimento Um Grande Dia para as Escritoras (@grandediaescritoras, no Instagram), iniciado em junho de 2022, que fotografou 2.302 autoras em 52 localidades do Brasil e do mundo. Tomando como dimensão analítica a abordagem interseccional em relação à experiência de escrita e leitura, o consumo de livros e a formação de comunidades literárias digitais, o texto parte do já constatado fato de que a produção literária foi, historicamente, realizada de forma majoritária por escritores homens, para compreender dimensões interseccionais e transmidiáticas na articulação coletiva e na visibilidade das participantes. A análise apontou que o movimento contribuiu para o empoderamento, a resistência e a noção de pertencimento das escritoras, enquanto buscava registrar a presença das mulheres diversas na literatura contemporânea.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Carolyna Gonçalves Barboza, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Bacharel em Relações Públicas pela PUC Minas. Estudante do Grupo Bertha de Pesquisa. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Verônica Soares da Costa, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas

Professora da Faculdade de Comunicação e Artes e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PPGCOM/PUC Minas), onde coordena o Grupo Bertha de Pesquisa. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM/UFMG), e mestre em História, Política e Bens Culturais pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas (CPDOC/FGV).

Referências

ABRIL, G. Análisis crítico de textos visuales. Mirar lo que nos mira. Madrid: Editorial Sintesis, 2007. 256 p.

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. 1. ed. São Paulo: Pólen, 2019. 152 p.

ANDRADE, L. G. A função mediadora das hashtags no processo de impeachment de Dilma Rousseff: semiose e transmídia. Tese (Doutorado em Comunicação Social). Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte: 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-BBGHG6. Acesso em: 30 abr. 2024.

BAIRROS, L. Nossos Feminismos Revisitados. Revista Estudos Feministas, [S. l.], v. 3, n. 2, 1995. p. 458-463. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16462. Acesso em: 30 abr. 2024.

BARBOZA, A. C. G. Criação de vínculos e influência digital: estratégias para a formação de comunidades literárias que incentivam a leitura no Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Relações Públicas). Faculdade de Comunicação e Artes, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte: 2023.

BORGES, A. G. V. Meu triste canto deve ser ouvido: Introdução à vida e obra de Francisca Possolo. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto: 2006.

CARNEIRO, J. S. Ler e escrever blogs literários: a narrativa hipertextual na configuração da webliteratura. (Dissertação - Mestrado em Estudos Literários). Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém: 2011. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/3015. Acesso em: 30 abr. 2024.

CARRERA, F. Roleta interseccional: proposta metodológica para análises em Comunicação. E-Compós, [S. l.], v. 24, 2021. p. 1-22. Disponível em: https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/2198. Acesso em: 24 abr. 2024.

COLLINS, P. H. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, São Paulo, v. 5, n. 1, 2017. p. 6-17. Disponível em: https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/559. Acesso em: 30 abr. 2024.

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, [S. l.], v. 10, n. 1, 2002. p. 171-188. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2002000100011. Acesso em: 30 abr. 2024.

DALCASTAGNÈ, R. Ausências e estereótipos no romance brasileiro das últimas décadas: Alterações e continuidades. Letras de Hoje, [S. l.], v. 56, n. 1, 2021. p. 109-143. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/fale/article/view/40429. Acesso em: 3 abr. 2024.

DALCASTAGNÈ, R. Quando o preconceito se faz silêncio: relações raciais na literatura brasileira contemporânea. Gragoatá. Niterói, v. 13, n. 24, 2008. p. 203-219. Disponível em: https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33169. Acesso em: 3 abr. 2024.

DANTHI. Bienal do Livro Rio bate recordes: mais de 600 mil pessoas e 5,5 milhões de livros vendidos. Bienal do Livro. 2023. Disponível em: https://bienaldolivro.com.br/namidia/bienal-do-livro-rio-bate-recordes-mais-de-600-mil-pessoas-e-55-milhoes-de-livros-vendidos. Acesso em: 28 ago. 2024.

DUARTE, C. L. Feminismo e literatura no Brasil. Estudos Avançados, São Paulo, v. 17, n. 49, 2003. p. 151-172. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/9950. Acesso em: 7 abr. 2024.

EVARISTO, C. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, N. M. B.; SCHNEIDER, L. (org.). Mulheres no Mundo: etnia, marginalidade e diáspora. 2. ed. João Pessoa: Editora do CCTA, UFPB, 2020. 339 p.

FLORIDI, L. Introduction. In: FLORIDI, L. (ed.). The Onlife Manifesto: Being Human in a Hyperconnected Era. 1. ed. London: Springer Cham, 2015. 264 p.

GOLDEMBERG, D.; RIBEIRO, E.; MADALOSSO, G.; CARVALHO, P.; FERSECK, S. (org.). Um Grande Dia para as Escritoras: Autoras do Brasil mostram a cara. 1. ed. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2023. 176 p.

GOLDEMBERG, D. Quem são as escritoras da foto histórica? Quatro cinco um. 2022.

Disponível em: https://quatrocincoum.com.br/artigos/a-feira-do-livro/quem-sao-as-escritoras-da-foto-historica/. Acesso em: 23 abr. 2024.

GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984. p. 223-244.

JENKINS, H. Transmedia education: the 7 principles revisited. Henry Jenkins Blog. 2010. Disponível em: https://henryjenkins.org/blog/2010/06/transmedia_education_the_7_pri.html. Acesso em: 28 ago. 2024.

JENKINS, H. Cultura da Convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009. 432 p.

KEMP, S. Global Overview Report - Meltwater and We Are Social. DataReportal. 2024.

Disponível em: https://datareportal.com/reports/digital-2024-global-overview-report. Acesso

em: 8 abr. 2024.

LEAL, B. S. Do texto à textualidade na comunicação: contornos de uma linha de investigação. In: LEAL, B.; CARVALHO, C. A.; ALZAMORA, G. Textualidades Midiáticas. Belo Horizonte: PPGCom/UFMG, 2018. 172 p. (Olhares Transversais). p. 17-34.

MADALOSSO, G; ACOSTA, S. A explosão do movimento e tudo que veio depois. São Paulo: Janga, 21 nov. 2023. Um Grande Dia para as Escritoras Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/47w1yBf22Epygzk3FacpFt. Acesso em: 17 abr. 2024.

MESQUITA, A. C. Um teto, um quarto, um canto só seu. In: WOOLF, V. Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Antofágica, 2022. p. 196-203. [e-book].

MUZART, Z. L. Uma Pioneira: Maria Firmina dos Reis. Muitas Vozes, [S. l.], v. 2, n. 2, 2014. p. 247-260. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/6400. Acesso em: 8 abr. 2024.

PANORAMA DO CONSUMO DE LIVROS NO BRASIL. Câmara Brasileira do Livro, São Paulo. 2023. Disponível em: https://cbl.org.br/wp-content/uploads/2024/02/1701890856753Pesquisa20Panorama20do20Consumo20de20Livros_para20publicaC3A7C3A3o_V1.pdf. Acesso em: 30 abr. 2024.

RECUERO, R. Mídia social, plataforma digital, site de rede social ou rede social? Não é tudo a mesma coisa? Medium, 2019. Disponível em: https://medium.com/@raquelrecuero/m%C3%ADdia-social-plataforma-digital-site-de-rede-social-ou-rede-social-n%C3%A3o-%C3%A9-tudo-a-mesma-coisa-d7b54591a9ec. Acesso em: 8 abr. 2024.

SCOLARI, C. A. Transmedia Storytelling: Implicit Consumers, Narrative Worlds, and Branding in Contemporary Media Production. International Journal of Communication. [S. l.], v. 3, 2009. p. 586-606. Disponível em: https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/477. Acesso em: 30 abr. 2024.

TEIXEIRA, N. C. R. B. Entre o ser e o estar: o feminino no discurso literário. Guairacá. Guarapuava, v. 25, n. 1, 2009. p. 81-102. Disponível em: https://revistas.unicentro.br/index.php/guaiaraca/article/view/1125/1082. Acesso em: 8 abr. 2024.

TELLES, N. Escritoras, escritas, escrituras. In: PRIORE, M. D (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2004. p. 336-370.

THE ONLIFE INITIATIVE. The Onlife Manifesto. In: FLORIDI, L. (ed.). The Onlife Manifesto: Being Human in a Hyperconnected Era. 1. ed. London: Springer Cham, 2015. 264 p.

WOOLF, V. Um teto todo seu. 1. ed. Rio de Janeiro: Antofágica, 2022. [e-book].

Downloads

Publicado

18-12-2025

Como Citar

Gonçalves Barboza, A. C., & Soares da Costa, V. (2025). Um Grande Dia para as Escritoras:: Olhares interseccionais para a literatura escrita por mulheres e a articulação coletiva de autoras nas mídias sociais. Revista Eco-Pós, 28(3), 501–531. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i3.28246