“Bixa Preta” no Instagram

masculinidades negras homoafetivas em (des)continuidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28502

Palavras-chave:

“Bixa Preta”, Masculinidades negras homoafetivas, Instagram

Resumo

Este texto se propõe a discutir as expressões de masculinidades negras homoafetivas através de noções sobre a "Bixa Preta" na rede social Instagram. Para tanto, metodologicamente, a coleta de material e análises foram feitas através da Cartografia (Deleuze; Guattari, 2011). Já para o suporte teórico, contamos com as discussões de Veiga (2019), Francisco (2019), Akotirene (2019), Oliveira (2017) e Feenberg, (1995). Através do material coletado, foi possível observar expressões de masculinidades negras homoafetivas que divergem de concepções normativas de virilidade, as quais se distanciam da noção de “Negão” e se constituem em torno da “Bixa Preta”, com multiplicidade de corpos e vestimentas. Além disso, apontamos para as expressões de “Bixa Preta” no Instagram como um processo de (des)continuidade, pois o discurso-imagético se apresenta como uma afirmação positiva de ressignificação das masculinidades negras homoafetivas.

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Biografia do Autor

Michel Alves Ferreira, Universidade do Estado de Mato Grosso

Doutor em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR/PPGTE). Realizou Estágio Doutoral Sanduíche (Edital 47/2017 - PDSE/CAPES), na Universidad Nacional de Colombia - Sede Bogotá (2018-2019) - Escuela de Estudios de Género (EEG). Também é Mestre pelo mesmo programa (UTFPR/PPGTE). Especialista em Neuropsicologia e Educação pelo ITECNE. Graduado em Turismo pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Técnico em Segurança do Trabalho pelo CENTPAR - Centro Paranaense de Formação Técnica LTDA. Atualmente está realizando pós-doutorado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Goiás (UFG), realizando pesquisa sobre o turismo a partir das contribuições dos estudos críticos da raça e do movimento afroturismo, fazendo parte do Grupo de Pesquisa LEX - Laboratório de Experimentações Etnográficas e Marcadores Sociais das Diferenças. Também faz parte do Grupo de Pesquisa Labor Movens: Condições de Trabalho no Turismo, da Universidade de Brasília (UnB), e do Grupo de Pesquisa Gritus: Gênero, Raça e Interseccionalidades no Turismo, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) - Campus Sorocaba. 

Referências

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Publicado

11-11-2025

Como Citar

Pereira da Silva, G., & Alves Ferreira, M. (2025). “Bixa Preta” no Instagram: masculinidades negras homoafetivas em (des)continuidade. Revista Eco-Pós, 28(2), 368–391. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28502