Para um desenho do próprio corpo
deslocando códigos visuais cisheteronormativos
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28529Palavras-chave:
Estudos Queer, Design, Cultura Visual, Gênero, Comunicação VisualResumo
O design configura-se como um campo simbólico que materializa discursos e valores ao produzir noções sobre o corpo e representações pautadas pela normatividade. Este artigo apresenta elaborações teórico-metodológicas voltadas à compreensão de como a linguagem visual contribui para os processos de construção de corpos dissidentes. O objetivo é investigar o diálogo entre o design e os estudos queer, visando práticas e estratégias contranormativas. O referencial teórico mobilizado articula os conceitos de tecnologias de gênero (Lauretis, 1994), contravisualidade (Mirzoeff, 2016), contrassexualidade (Preciado, 2015) e a proposta de queerizar o design (Portinari, 2017). A pesquisa foi estruturada em duas etapas: bibliográfica e exploratória. Como resultado, apresenta-se o experimento Tecnomorfo, que tensiona normas de gênero e corporeidade, provocando reflexões sobre os modos de existência e representação.
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