Guilherme Vaz e o deslitígio do universo
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i3.28555Palavras-chave:
Guilherme Vaz, Modernismo periféfico, Estética do tempo, Arte e presençaResumo
Este artigo analisa a obra de Guilherme Vaz a partir de sua crítica aos modelos formais e institucionalizados das artes moderna e contemporânea. Propõe-se que sua prática — centrada na escuta, no tempo e no deslocamento — reposiciona o papel social do artista, recusando o objeto artístico como mercadoria e investindo em uma estética do sujeito. A partir de experiências com povos indígenas e sertanistas, Vaz desenvolve uma metafísica do modo existente, que confronta a herança construtiva brasileira e articula uma crítica à racionalidade ocidental. O texto argumenta que sua produção, marcada por obras sonoras, performances, instalações e escritos, apresenta afinidades com perspectivas descentralizadas dos modernismos brasileiros, contribuindo para pensar outras formas de imaginar e construir o Brasil por meio da arte.
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