Guilherme Vaz e o deslitígio do universo

Autores

  • Franz Manata ECO-UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i3.28555

Palavras-chave:

Guilherme Vaz, Modernismo periféfico, Estética do tempo, Arte e presença

Resumo

Este artigo analisa a obra de Guilherme Vaz a partir de sua crítica aos modelos formais e institucionalizados das artes moderna e contemporânea. Propõe-se que sua prática — centrada na escuta, no tempo e no deslocamento — reposiciona o papel social do artista, recusando o objeto artístico como mercadoria e investindo em uma estética do sujeito. A partir de experiências com povos indígenas e sertanistas, Vaz desenvolve uma metafísica do modo existente, que confronta a herança construtiva brasileira e articula uma crítica à racionalidade ocidental. O texto argumenta que sua produção, marcada por obras sonoras, performances, instalações e escritos, apresenta afinidades com perspectivas descentralizadas dos modernismos brasileiros, contribuindo para pensar outras formas de imaginar e construir o Brasil por meio da arte.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BERGSON, Henri. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

CARON, J.-P. VII ou IX proclamações de/para Guilherme Vaz. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016.

CARON, J.-P. A Era do Incomum na Arte: Conversas com Guilherme Vaz. Revista Claves, João Pessoa, n. 9, 2013, pp. 61-80. Disponível em: www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/claves/article/download/24157/13259. Acesso em: 30 jul. 2025.

CASTRO, Eduardo Viveiro de. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. O Que Nos Faz Pensar, Rio de Janeiro: PUC-Rio, nº 18, 2004, pp. 225-254.

CESAR, Marisa Flórido. Arte do tempo e do espaço. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016.

DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: 34, 2000.

FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

FOUCAULT, Michel. On the genealogy of ethics: an overview of work in progress. In: RABINOW, Paul (org.). The Foucault Reader. New York: Pantheon Books, 1984.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: O que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto, PUC-Rio, 2010.

JAYME, Joaquim; VAZ, Guilherme. Sinfonia das Águas Goianas. Goiânia: Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira - Agepel, 2001.

MANATA, Franz. Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016.

MANATA, Franz. O tempo como dispositivo. Concinnitas, Revista do PPGA/UERJ, Rio de Janeiro, v. 21, n. 38, 2020, pp. 509-531..

MORAIS, Frederico. Cronologia das Artes Plásticas no Rio de Janeiro (1816-1994). Ed. Topbooks, 1995.

VAZ, Guilherme. Ensaio Vídeo Sonoro: Uma Fração do Infinito. Revista MESA, Rio de Janeiro, volume 2, 2015, pp. 81-85.

VAZ, Guilherme. Arte Sonora: Podcast #01 - Guilherme Vaz. 2013. Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.artesonora.net/podcast/pod-01-guilherme-vaz. Acesso em: 8, jul, 2025.

VAZ, Guilherme. O maracá. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016a.

VAZ, Guilherme. Declaração de princípios dos compositores da Bahia em depoimentos. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016b.

VAZ, Guilherme. Música em Manos. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016c.

VAZ, Guilherme. O deslitígio do Universo. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016d.

VAZ, Guilherme. O homem correndo na savana / AnhangueraParanaíba. Encarte do CD.. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016e.

VAZ, Guilherme. Sinfonia das Águas Goianas. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016f.

VAZ, Guilherme. Ipsa Sonant Arbusta (Até as árvores cantam). Encarte do CD O anjo sobre o verde, 2001. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016g.

NEVES, Caio; MANATA, Franz. Guilherme Vaz: eu sou o que posso ser. In: MANATA, Franz (Org.). Guilherme Vaz: uma fração do infinito. Rio de Janeiro: EXST, 2016.

Downloads

Publicado

18-12-2025

Como Citar

Manata, F. (2025). Guilherme Vaz e o deslitígio do universo . Revista Eco-Pós, 28(3), 371–384. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i3.28555