O quadro-janela em seu limite: cinema, perspectiva renascentista e hipervisibilidade contemporânea

Autores/as

  • Luiz Carlos Oliveira Jr. Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i2.10355

Resumen

As imagens fílmicas e pictóricas analisadas neste artigo abordam sistemas ópticos que, genealogicamente conectados ao dispositivo figurativo da pintura com perspectiva centrada monocular, tematizam e problematizam o que podemos chamar de uma falência do modelo clássico de visão. O objetivo é investigar os limites epistemológicos de um paradigma visual atrelado à invenção do cinema e à corrida contemporânea em busca da hipervisibilidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Luiz Carlos Oliveira Jr., Universidade de São Paulo

Doutorando pelo Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo. Doutor em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA-USP. Autor do livro "A mise en scène no cinema: Do clássico ao cinema de fluxo" (Papirus, 2013).

Citas

ALBERTI, Leon Battista. Da pintura. 2ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1999.

ARASSE, Daniel. Le Détail. Pour une histoire rapprochée de la peinture. Paris: Flammarion, 1996.

______. Histoires de peintures. Paris: Gallimard, 2004.

AUMONT, Jacques. O olho interminável. São Paulo: Cosasc & Naify, 2004.

BANN, Stephen & DAMISCH, Hubert. “Uma conversa”. In: Ars, vol. 14, n. 27, 2016. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ars/article/view/117618/116443. Acessado em: maio de 2017.

BAUDRY, Jean-Louis. “Cinema: efeitos ideológicos produzidos pelo aparelho de base”. In: XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal; Embrafilme, 1983, pp. 383-399.

BERTETTO, Paolo. Le miroir et le simulacre. Rennes: PUR, 2015.

CASSIN, Barbara. “Le peintre-roi”. In: OTTINGER, Didier (org.). Magritte: La trahison des images. Paris: Éditions du Centre Pompidou, 2016, pp. 128-137.

CHARBONNIER, Louise. Cadre et regard. Généalogie d'un dispositif. Paris: L'Harmattan, 2007.

COMOLLI, Jean-Louis. “Technique et Idéologie. Caméra, perspective, profondeur de champ”. In: Cahiers du Cinéma, n. 229, maio de 1971, pp. 4-21.

______. “Machines of the visible”. In: DE LAURETIS, Teresa & HEATH, Stephen (orgs.). The Cinematic Apparatus. Nova York: St. Martin's Press, 1980.

CRARY, Jonathan. “Modernizing Vision”. In: WILLIAMS, Linda (org.). Viewing Positions. Ways of Seeing Film. Nova Jersey: Rutgers University Press, 1994.

______. Técnicas do observador. Visão e modernidade no século XIX. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

______. Suspensões da percepção. Atenção, espetáculo e cultura moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

DAMISCH, Hubert. L'origine de la perspective. Paris: Flammarion, 1993.

DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico e outros ensaios. 14ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.

GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. 4ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007.

ISHAGHPOUR, Youssef. Historicité du cinema. Tours: Éditions Farrago, 2004.

POUILLOUX, Jean-Yves. “Les incertitudes du regard”. In: L'Avant-scène cinéma, n. 333, Paris, outubro 1984, pp. 26-27.

ROCHE, Thierry. Blow up: un regard anthropologique. Paris: Yellow Now, 2010.

SHAVIRO, Steven. O corpo cinemático. São Paulo: Paulus, 2015.

STOICHITA, Victor I. L'instauration du tableau. Métapeinture à l'aube des temps modernes. Genebra: Droz, 1999.

______. L'Effet Sherlock Holmes. Variations du regard de Manet à Hitchcock. Paris: Hazan, 2015.

XAVIER, Ismail. O olhar e a cena. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

WILLIAMS, Linda. Hard core: power, pleasure, and the frenzy of the visible. Los Angeles: University of California Press, 1989.

Publicado

2017-09-14

Cómo citar

Oliveira Jr., L. C. (2017). O quadro-janela em seu limite: cinema, perspectiva renascentista e hipervisibilidade contemporânea. Revista Eco-Pós, 20(2), 181–210. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i2.10355