Cascatas de modernidade em um lago aparentemente imóvel: Imagens de Ciência e Tecnologia, do Futurismo ao Presentismo
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v21i1.10641Resumen
Neste artigo, imagens de ciência e tecnologia são locais privilegiados de observação das distintas articulações entre passado-presente-futuro. Para isso, partimos do Futurismo para entender a hipótese de presentismo proposta por Hartog (2013). Nesse regime de historicidade específico, vislumbra-se uma espécie de interrupção do fluxo temporal em um presente que não foi capaz de absorver outras temporalidades. Como consequência, a experiência imagética funcionaria como índice de um jogo paralisante, no qual o passado vivido não é encarado e o horizonte futuro aparece como aterrorizante. Assim, nos perguntamos quais os sintomas dessa crise do tempo na produção de imagens sobre a ciência. Por fim, recorremos à historiografia para reivindicar a abertura do passado e dos modos de pensar o futuro como formas de expandir o espaço de experiência e propor um horizonte de expectativas mais determinado pela contingência histórica, capaz de produzir imagens do presente mais inclusivas e dinâmicas.
Descargas
Citas
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia errante: derrames líricos, e outros nem tanto, ou nada. 4a ed. Rio de Janeiro: Record, 1991.
BRAGA, Marco; GUERRA, Andreia; REIS, José Claudio. Breve história da ciência moderna, volume 1: convergência de saberes. 4a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
______. Breve história da ciência moderna, volume 2: das máquinas do mundo ao universo-máquina. Volume 2, 3a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
CANDIDO, Antonio. A educação pela noite & outros ensaios. São Paulo: Ática, 1989. p. 140-162: Literatura e subdesenvolvimento.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Modernização dos Sentidos. São Paulo: Editora 34, 1998.
HARTOG, François. Regimes de historicidade. Presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2013.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado. Contribuições à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: ed. PUC-Rio, 2006.
_____. Estratos do tempo. Estudos sobre história. Rio de Janeiro: Contraponto: ed. PUC-Rio, 2014.
KURZWEIL, Ray. The Age of Intelligent Machines. Cambridge: MIT Press, 1990.
_____. The Age of Spiritual Machines: when computers exceed human intelligence. New York: Penguin, 1999.
_____. The singularity is near: when humans transcend biology. New York: Penguin, 2005.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. São Paulo: Editora 34, 1994.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. 7ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002.
NABAIS, João-Maria. Rembrandt - o quadro A lição de anatomia do Dr. Tulp e sua busca incessante pelo auto-conhecimento. In: Ciências e Técnicas do Patrimônio, Revista da Faculdade de Letras. Porto: I Série, Volume VII-VIII, pp. 279-296, 2008-2009. Disponível em: <http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/9417.pdf>. Acesso em 9 jun. 2017.
RIBEIRO, Lavina Madeira. A ciência no imaginário midiático. In: CASTRO, Gustavo (org.) Mídia e imaginário. São Paulo: Annablume, 2012.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. O tempo narrado - Tomo III. Campinas: Papirus, 1997.
_____. Tempo e narrativa. O tempo narrado - Tomo III. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
Jornais consultados:
O Paiz. Edição de 10 de maio 1909; Edição de 29 de setembro de 1909.
Jornal do Recife. Edição de 25 de novembro 1909.
Folha de S. Paulo. Edição de 31 de dezembro de 1974.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.