Controvérsia Schwarcz/Beyoncé
sociabilidades antagonistas e direito ao debate
DOI:
https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i2.27659Keywords:
discurso, antagonismo, Twitter, controvérsia Schwarcz-Beyoncé, Black is KingAbstract
Este artigo analisa a controvérsia no Twitter após a publicação da resenha de Lilia Schwarcz na Folha de S. Paulosobre o filme Black is King, de Beyoncé. Após situarmos a resenha, o filme e suas reverberações transmidiáticas, debatemos a controvérsia, por meio do exame do corpus de 667 tuítes, coletados no período de 10 dias após a publicação no jornal. Analisamos os discursos que sustentam a controvérsia e classificamos as mensagens em 10 grupos temáticos, marcando os pontos nodais que costuram os discursos, bem como seus percursos passionais. Laclau fundamenta a análise discursiva e Greimas o mapeamento dos percursos passionais. Concluímos as análises classificando as posições discursivas em três categorias, situando as posições de sujeito, os percursos passionais e as posições frente ao antisujeito. Finalizamos com uma reflexão sobre os efeitos no debate democrático desses antagonismos passionalizados.
Downloads
References
ANDERSON, Chris. A Cauda Longa: a nova dinâmica de marketing e vendas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006
BROWN, Wendy. Politics out of history. Princeton: Princeton University Press, 2001.
DEAN, Jodi. Communicative capitalismo: circulation and the foreclosure of politics. Cultural Politics. V.1. N. 1. Duke University Press, março 2005. p. 51-73.
DURÃO, Gustavo de Andrade. Intelectuais africanos e pan-africanismo: uma narrativa póscolonial. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 25, p. 212 - 242, jul./set. 2018.
FECHINE, Y. Cultura participativa e interação. Uma abordagem sociossemiótica da propagação em redes sociais digitais. São Paulo: CPS, 2019.
FONTANILLE, Jacques. Semiótica do discurso. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2019.
GREIMAS, A.J. Sobre o sentido II. São Paulo, Edusp, 2014.
IRAKOZE, Judicaelle. Why We Must Be Careful When Watching Beyoncé’s ‘Black Is King’. Essence. Ago. 2020. Disponível em: < https://www.essence.com/amp/entertainment/only-essence/beyonces-black-is-king-criticism/>. Acesso em: 05 set. 2020.
JENKINS, Henry. Convergence culture: where old and new media collide. Nova Iorque: New York University Press, 2006.
_______________. Transmedia 202: Further Reflections. Henryjenkins.org. Jul. 2011. Disponível em: <http://henryjenkins.org/blog/2011/08/defining_transmedia_further_re.html> Acesso em: 03 set. 2020.
LACLAU, E.; MOUFEE, C. Hegemonia e estratégia socialista. SP: Intermeios, 2015.
LANDOWSKI, E. Para uma semiótica sensível. Revista Educação & Realidade, XXX, 2, Porto Alegre, 2005 Disponível em: < https://www.seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/12417>. Acesso em 2 jan.2021.
MOUFFE, C. Sobre o político. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
OLIVEIRA, Dennis. Sobre identitarismos, antirracismos e lugares de fala. Jornal da USP. Set. 2020. Disponível em: < https://jornal.usp.br/artigos/sobre-identitarismos-antirracismos-e-lugares-de-fala/>. Acesso em: 5 set. 2020.
ORTELLADO, Pablo; RIBEIRO, Márcio Monteiro. Maping Brazil’s Political Polarization Online. The conversation. Ago. 2018. Disponível em: <https://theconversation.com/mapping-brazils-political-polarization-online-96434>. Acesso em: 03 set. 2020.
PRADO, J.L.A. Capitais de midiatização: da circulação à propagação interativa. In: Questões transversais, v.8, n.16, pp.1-20, jul-dez 2020.
PRADO, J.L.A; PRATES, V. (org.) Sintoma e fantasia no capitalismo comunicacional. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2017.
RECUERO, Raquel da Cunha; ZAGO, Gabriela; BASTOS, Marco Toledo. O Discurso dos #ProtestosBR: análise de conteúdo do Twitter. Galáxia. Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica. ISSN 1982-2553, [S.l.], n. 28, dez. 2014. ISSN 1982-2553. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/galaxia/article/view/17911>. Acesso em: 03 set. 2020.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificanto, 2017.
SCHUCMAN, Lia. Lia Vainer Schucman fala dos privilégios da branquitude. Entrevista concedida a Ricardo Alexino Ferreira. Jornal da USP. Disponível em: < https://jornal.usp.br/radio-usp/programas/lia-vainer-schucman-fala-dos-privilegios-da-branquitude/>. Acesso em: 05 set. 2020.
SCHWARCZ, Lilia M. Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha. Folha de S. Paulo, 3/8/2020.
ŽIŽEK, S. O mais sublime dos histéricos. Hegel com Lacan. RJ: Zahar, 1992.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Revista ECO-Pós
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.