Intersecções online/offline em Tinta bruta
As metáforas de janela, moldura e espelho no encontro entre cinema e internet
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.28106Palabras clave:
Cinema e internet, Teoria do cinema, Cinema contemporâneo, Imagens pobresResumen
Partindo da investigação de como o cinema contemporâneo tem sido instigado pelos processos de produção e circulação próprios da internet, propomos uma análise do longa-metragem Tinta Bruta (2018), de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon. No filme, Pedro dança coberto de tinta neon enquanto estranhos o assistem pela webcam. Gradativamente, o protagonista desenvolve novas narrativas para si, orquestrando olhares por via da webcam das plataformas de streaming e da câmera de cinema. Neste artigo, discutiremos como o entrelaçamento dessas naturezas de registros mobilizam as metáforas teóricas “cinema como janela e moldura” e “cinema como espelho” (Elsaesser e Hagener ,2018). Em seguida, sugerimos que Tinta Bruta, ao se aproximar do universo audiovisual da internet, engendra novas possibilidades para a abordagem da reflexividade no cinema.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE, Paula. The webcam as an emerging cinematic media. Amsterdã: Amsterdam University Press, 2018.
CINE ESQUEMA NOVO (14. 2021: S/l). Seminário Pensar a Imagem — Espectatorialidades e apropriações queer das imagens. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8zdceWmlBys>. Acesso em: 16 jul. 2023.
CRARY, Jonathan. 24/7: Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
ELSAESSER, Thomas; HAGENER, Malte. Teoria do cinema —- Uma introdução através dos sentidos. Campinas: Papirus, 2018.
FRIEDBERG, Anne. The virtual window – From Alberti to Microsoft. Cambridge: MIT Press, 2006.
HALBERSTAM, Jack. A arte queer do fracasso. Recife: CEPE, 2020.
ROST, Mariana. Sexualidades em negociação - A pornografia live streaming no CAM4.com. 2016. 171 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) — Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, 2016.
SIBILIA, Paula. O show do Eu: A intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016.
SILVA, Maria; SILVA, Allyson. A virtualização da relação sexual em Cam4: o corpo enquanto objeto de desejo e consumo. Revista Ártemis. [S. l], v. 24 n. 1, p. 143-155, jul-dez, 2017,.
STEYERL, Hito. Em defesa da imagem ruim. Revista Serrote. São Paulo, n. 19, p. 185-199, , 2015.
STEYERL, Hito. Duty free art – Art in the age of planetary civil war. Verso: Londres, 2017.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Regiane Ishii, Cecília Antakly de Mello
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.