Un Corps Qui Écrit Est Un Corps Qui Baise
L'héritage de Kathy Acker dans l'autofiction de McKenzie Wark
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28588Palabras clave:
Kathy Acker, autofiction, Théorie QueerResumen
McKenzie Wark relève le défi non seulement d'écrire les mémoires de sa brève mais intense relation avec la romancière Katy Acker, ancienne amie et amante, quelques années avant sa mort, mais aussi de systématiser les concepts qui imprègnent l'œuvre entière de l'icône punk. Sous le terme d'autofiction, Wark met en lumière les moments clés de sa relation avec Acker qui ont contribué à façonner sa perception d'elle-même en tant que femme transgenre. À partir du mythe grec d'Athéna et d'Arachné, elle suit les traces d'une philosophie pour les araignées, une philosophie qui ne correspond pas à une sagesse contemplative pour les hommes libres, mais qui est produite en pratique pour les femmes, les esclaves et les bêtes, une éthique de l'écriture comme de la reproduction mécanique qui s'écarte des conventions de la propriété intellectuelle : une théorie basse.
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