A escuta opositora de canções brasileiras: Negociando sentidos entre performances e versões
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v23i1.27477Resumo
A partir do conceito de olhar opositor de bell hooks e de leitura negociada em Stuart Hall, este artigo reflete sobre versões de canções brasileiras em que as ouvintes e intérpretes subvertem sentidos ao contestar discursos, masculinos em sua maioria, marcados pelo sexismo, pela heteronormatividade, pelo racismo, pelo classismo, entre outras formas de opressão, presentes na música popular; discutindo, especialmente, o samba. Compreendendo o samba como forma afro-brasileira marcada por histórias de resistência, as versões contestadoras que destacamos não pretendem anular a versão de base, mas propõem uma negociação – política, musical – com os sentidos dominantes ou preferenciais.
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