A semiótica da ironia nos videogames
a construção de um enunciador absurdo em Orgasm Simulator (2003)
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i2.28070Palavras-chave:
ironia, ironia verbal, ironia visual, procedimentalidade, videogamesResumo
O presente artigo propõe um modelo analítico a partir do qual a ironia pode ser empregada como ferramenta de análise formal da poética dos videogames. No tocante ao conceito de ironia verbal e/ou visual, recorremos ao aporte teórico proporcionado por Ducrot (1987), Brait (2008) e Scott (2004); e às especificidades composicionais dos jogos, exploramos à teoria sobre procedimentalidade elaborada por Bogost (2007, 2008) para propor uma forma de analisar a ironia nos videogames a partir da articulação entre as três linguagens que julgamos mais significativas para sua composição: a verbal, a (audio)visual e a procedimental. Testamos a proposta aplicando-a à análise da ironia no videogame Orgasm simulator (Molleindustria, 2003). Conclui-se que a ironia é construída e marcada pela combinação de sistemas semióticos variados, e que sua linguagem procedimental é capaz de significar ironicamente.
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