Infonegócios endofascistas
Razões políticas e sociais para a regulamentação das plataformas digitais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i1.28196Palavras-chave:
Infonegócios endofascistas, keynesianismo cibercultural, função socioestrutural, plataformas digitais, regulamentação, neofascismoResumo
O artigo reúne as principais razões sociopolíticas para a regulamentação das plataformas digitais no Brasil. No arco das relações entre Big Techs e proliferação social de discursos neofascistas, o recorte empírico da argumentação implica plataformas e applications de relacionamento, participação e divulgação de conteúdo (como YouTube, Facebook, X, Instagram, WhatsApp, Telegram etc.), infestados por grupos, partidos e extenso séquito de extrema direita. Neste ensaio a principal tese reconhece que a abertura das redes sociais a todos os tipos de supremacismo justifica o keynesianismo cibercultural como espécie de antídoto ao neoliberalismo algorítmico. A injunção recobra o ponto crucial da argumentação: o deslocamento estratégico da questão do conteúdo para a problemática da função macroestrutural dos veículos digitais na dinâmica do social. Esse reescalonamento, por sua vez, aclara a significação dos infonegócios endofascistas, condicionadores de quaisquer apropriações e usos sociais, inclusos os de insuflação ao ódio político.
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