“O Brasil não abarca o Brasil"
rastros da desnacionalização em Makunaimã: o mito através do tempo (2019)
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i3.28565Palavras-chave:
literatura indígena contemporânea, modernismo brasileiro, MacunaímaResumo
Este trabalho tem como objetivo investigar de que forma Makunaimã: o mito através do tempo (2019) tensiona as ficções de Brasil consolidadas hegemonicamente, inclusive o projeto modernista de Mário de Andrade, que já se constituía a partir da proposição de uma ontologia oscilante (Coelho, 2022), à luz da hipótese de que a dramaturgia propõe uma desnacionalização do Brasil, a partir do inacabamento (Medeiros; Silva Filho; Gomes, 2021) como operação criativa. Por isso, estabelecemos um diálogo frontal com Renato Ortiz, para quem toda identidade é uma construção simbólica (1985), bem como as reflexões de Edimilson de Almeida Pereira (2022), para quem interessa a linguagem que produz um Brasil permanentemente indecifrado e enigmático.
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