“Eu filmo para guardar uma lembrança”
Dimensões políticas e coletivas da autobiografia em Nous, de Alice Diop
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.28125Palavras-chave:
documentário autobiográfico, mise en scène, alteridade, NousResumo
Esse artigo apresenta uma análise do filme Nous (2021), da cineasta franco-senegalesa Alice Diop, a partir de dois elementos estético-formais: a mise en scène e a montagem. Considerando certos recursos mobilizados na obra, como o uso do autobiográfico em uma perspectiva política que coloca no centro a experiência afrodiaspórica da população francesa de origem migrante, analisamos as dinâmicas entre o individual e o coletivo produzidas pelo filme. Verificamos as relações que Diop cria entre o cotidiano de habitantes racializados da periferia de Paris e de franceses brancos, colocando em perspectiva as complexidades identitárias na França contemporânea e interrogando quem faz parte, afinal, desse “nós” ao qual o título do filme faz referência.
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