“Eu filmo para guardar uma lembrança”
Dimensões políticas e coletivas da autobiografia em Nous, de Alice Diop
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.28125Keywords:
documentário autobiográfico, mise en scène, alteridade, NousAbstract
This article presents an analysis of the film Nous, by French-Senegalese filmmaker Alice Diop, based on two aesthetic-formal elements: the mise en scène and the editing. Considering specific resources aesthetically activated in the movie, such as the shift from the confessional to the essayistic use of the autobiography in a perspective that places the collective at the centre, we analyse the dynamics between the individual and the collective engendered by the narrative. Returning to theoretical contributions on the film essay (Almeida 2018), as well as notes on the documentary mise en scène and the alterity by Jean-Louis Comolli (2008), and the notions of the communicability of experience and narrative in Walter Benjamin (2012), we verify the relations that Diop produces between the daily lives of racialized inhabitants of the banlieues of Paris and white French people, putting into perspective the identity complexities in contemporary France and questioning, after all, who is part of this "we" to which the film's title refers.
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