A seda azul do papel que envolve a maçã
as cidades brasileiras na ensaística de Afonso Arinos de Melo Franco
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i3.28557Palavras-chave:
Afonso Arinos de Melo Franco, Modernismo, Cidades Brasileiras, memorialísticaResumo
Este artigo busca evidenciar as chaves analíticas empregadas por Afonso Arinos de Melo Franco em seu livro de memórias, A alma do tempo, para pensar três cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília e Petrópolis. Argumento que o tema das cidades, no qual se inscrevem essas análises, recebe no contexto das memórias um tratamento ensaístico capaz de identificar, em cada cidade singular, seus aspectos distintivos: ora observando a presença de uma sociabilidade urbana e de um papel civilizador vigorosos, ora, sob lentes quase sociológicas, apontando os aspectos problemáticos da cidade artificial, assim como o efeito paradoxal da degradação urbana promovida pelo progresso. Em comum nesta seleção de cidades vistas por Afonso Arinos estão os vínculos com o modernismo, seja nos debates intelectuais entre os seus pares, tendo a cidade como locus, seja nas mudanças quanto às suas avaliações sobre a arquitetura modernista, no sentido da afirmação idiossincrática de um modernismo mineiro.
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