Travecas Travessas: voces disidentes en la escena pop periférica

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28514

Palabras clave:

Comunicación y música, Música pop-periférica, Travestilidades, Disidencias sexuales y de género, Artivismo

Resumen

Este artigo analisa as performances do trio travesti Travecas Travessas na cena musical pop-periférica de Bauru (SP), investigando como corpo, som e estética se tornam tecnologias de enfrentamento político, expressão identitária e reconfiguração territorial. A partir de uma imersão comprometida e anotada em suas apresentações e práticas artísticas entre 2023 e 2024, observa-se como essas artistas elaboram um artivismo transfeminista que tensiona normas de gênero, sexualidade e pertencimento em contextos urbanos do interior paulista. Com destaque para a noção de atravecamento, discute-se como suas produções performáticas instauram uma estética da putaria que desestabiliza os regimes cisheteronormativos e reinscreve subjetividades travestis em espaços tradicionalmente interditos. O artigo propõe compreender tais práticas como formas de reexistência e criação cultural nos interstícios da cena pop-periférica brasileira.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Larissa Pelúcio, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Larissa Pelúcio es profesora de Estudios de Género, Sexualidad y Teorías Feministas. Es asesora de la Coordinación de Acciones Afirmativas, Diversidad y Equidad (CAADI -Unesp). Actúa como profesora de Antropología en el campus Unesp-Bauru (Departamento de Ciencias Humanas - FAAC). Es miembro del cuerpo docente del Programa de Postgrado en Comunicación, de la misma institución. Doctora en Ciencias Sociales por la Universidad Federal de São Carlos (UFSCar), realizó un postdoctorado en la Université Paris 8 – Vincennes – Saint Denis. Su investigación aborda temas como género, sexualidad, salud, medios digitales a partir de diálogos con la teoría queer, epistemologías feministas y saberes subalternos. Es autora del libro “Abyección y deseo – una etnografía travesti sobre el modelo de prevención del SIDA” y “El amor en tiempos de aplicaciones – masculinidades heterosexuales y la nueva economía del deseo” (Annablume). El investigador es asesor de la Fundación de Apoyo a la Investigación Científica del Estado de São Paulo (FAPESP). Es líder del Grupo de Investigación Transgresiones – Género, Sexualidades, Cuerpos y Medios Contemporáneos.

Leonardo, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Maestrando en el Programa de Posgrado en Comunicación de la Universidad Estatal Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) – campus Bauru, en la línea de investigación "Procesos Mediáticos y Prácticas Socioculturales", con beca CAPES (segundo lugar). Posgraduado en el MBA en Negocios Digitales por la Universidad de São Paulo (USP), con enfoque en políticas de Diversidad, Equidad e Inclusión en las organizaciones, y Especialista en Diversidad, Inclusión y Ciudadanía por la Fundación Educacional de Penápolis (FUNEPE), con estudios de género en la educación. Graduado en Marketing por el Centro Universitario de Lins (UNILINS). También posee formación técnica en Marketing por el "Centro Paula Souza" (ETEC/Lins). Tiene experiencia profesional en Asociaciones Comerciales, Asesorías de Comunicación y Prensa, y en la Coordinación de Políticas para la Diversidad Sexual en el Gobierno Municipal. Ha trabajado en agencias de publicidad en la gestión de medios digitales, dirección creativa y coordinación de proyectos. Es miembro de los Grupos de Investigación Transgresiones – Corporalidades, Géneros, Sexualidades y Medios Contemporáneos y Pensamiento Comunicacional Latinoamericano (PCLA). Sus investigaciones incluyen estudios en el campo de la Comunicación, la Cultura y la Música Pop, en intersección con los Estudios de Género, Sexualidad, Diversidad Sexual, Transgeneridades y Travestilidades.

Citas

BHABHA, Homi K. O local da cultura. London, New York, 1998.

BENEVIDES, Bruna G. Dossiê: assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2024. Disponível em: https://antrabrasil.org/wp-content/uploads/2025/01/dossie-antra-2025.pdf. Acesso em: 10 mai. 2025.

BENNETT, Andy; PETERSON, Richard. Musical scenes: Local, virtual, translocal. Nashville: Vanderbilt, 2004.

BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Editora José Olympio, 2018.

______. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. N-1. 2019.

CARRILLO, J.; PRECIADO, B. Entrevista com Beatriz Preciado. Revista poiésis, v. 11, n. 15, p. 47-71, 2010.

CARVALHO, Nilton Faria de; VARGAS, Herom. ESCUTA MUSICAL E NARRATIVAS: diferença e alteridade nos processos comunicacionais. Revista Observatório, v. 9, n. 1, p. a2pt-a2pt, 2023.

CICCO, Shelton Ygor Joaquim de; PELÚCIO, Larissa. “No interior não tem nada para fazer”: derivas das sexualidades no interior paulista. Revista Periódicus, v. 1, n. 9, p. 345-376, 2018.

COLLING, Leandro. A emergência dos artivismos das dissidências sexuais e de gêneros no Brasil da atualidade. Sala Preta, v. 18, n. 1, p. 152-167, 2018.

DUMARESQ, Leila. Ensaio (travesti) sobre a escuta (cisgênera). Revista Periodicus, v. 1, n. 5, p. 121-131, 2016.

ECAD. Nicki Minaj faz 40 anos. Ecad, 08 dez. 2022. Disponível em: https://www4.ecad.org.br/noticias/nicki-minaj-faz-40-anos/. Acesso em: 09 mar. 2025.

FREIRE FILHO, João. Das subculturas às pós-subculturas juvenis: música, estilo e ativismo político. Contemporânea, v. 3, n. 1, 2005.

G1. Apuração das Eleições em Bauru. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/eleicoes/2024/resultado-das-apuracoes/bauru.ghtml. Acesso em: 15 abr. 2025.

G1. Eleições em Bauru (SP): Veja como foi a votação no 2º turno. Bauru, 31 out. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2022/10/31/eleicoes-em-bauru-sp-veja-como-foi-a-votacao-no-2o-turno.ghtml. Acesso em: 15 abr. 2025.

GHIRARDELLO, Nilson. Bauru em temas urbanos. Editora ANAP, 2020.

GUIMARÃES, R.; BRAGA, Cleber. Ruídos anti-hegemônicos na música brasileira contemporânea: dissidências sexuais e de gênero. Artivismos das dissidências sexuais e de gênero, p. 309-337, 2019.

GUMES, Nadja Vladi; ARGOLO, Marcelo. MATERIALIZAÇÕES DO ATIVISMO NEGRO NA CENA DE MÚSICA POP DE SALVADOR. Ação Midiática–Estudos em Comunicação, Sociedade e Cultura., 2023.

HERSCHMANN, Micael; FERNANDES, Cíntia S. Música nas ruas do Rio de Janeiro. São Paulo: Intercom, p. 272, 2014.

HERSCHMANN, M.. Nas bordas e fora do mainstream musical. Novas tendências da música independente no início do século XXI.. 1. ed. São Paulo: Estação das Letras e Cores Editora, 2011. v. 1. 420p.

JANOTTI JR., Jeder. Sobre o valor dos gêneros musicais: desvelando as encenações do rockcentrismo nas categorizações musicais. Galáxia (São Paulo), v. 49, p. e64068, 2024.

______. Entrevista – Will Straw e a importância da ideia de cenas musicais nos estudos. Revista ECompós. Focando na escuta: som, música e comunicação, v. 15, n. 2, 2012.

JANOTTI JR., Jeder; PIRES, Victor. “Entre os afetos e os mercados culturais: as cenas musicais como formas de mediatização dos consumos musicais”. In: JANOTTI JR., Jeder e outros (orgs.). Dez anos a mil: mídia e música popular massiva em tempos de internet. Porto Alegre: Simplíssimo, 2011.

JORNAL, Nexo. A música e os corpos políticos, com Linn da Quebrada. YouTube, 17 mai. 2018. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2024.

MARTINO, Luís Mauro Sá. Mediação e midiatização da religião em suas articulações teóricas e práticas: um levantamento de hipóteses e problemáticas. Mediação & midiatização. Salvador: EDUFBA, p. 219-244, 2012.

MAZER, Dulce. Retórica do passeio: a cartografia de cenas musicais como método de pesquisa. In: Anais do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2017. p. 1-15.

MOMBAÇA, Jota. Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro: Cobogó. 2021.

MOREIRA, Larissa I. 2018. Vozes transcendentes. São Paulo: Hoo Editora.

MOTA, Edinaldo Araujo. Sereias do asfalto, bonecas e outras bichas: apontamentos sobre cenas transviadas e violências de gênero no Brasil. methaodos. revista de ciencias sociales, v. 10, n. 1, p. 102-117, 2022.

NEVES, Thiago Tavares; LACAVA, Vyullheney Fernandes de Araújo. Devir-trans: atravessamentos corporais, políticos e artísticos na cultura pop. Tropos: comunicação, sociedade e cultura, 2020.

PELÚCIO, Larissa; MACIEL, Leonardo Silva. “Ela tem pau, e a outra também tem pau”: Atravecamentos pop-poc-periféricos na música transviada das Irmãs de Pau. Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, v. 6, n. 21, p. 137-157, 2023.

PEREIRA, Lívia Maria Dantas; DIAS, Morena Melo; ROLIM, Mário AOM. “Se me calam é porque minha voz assusta”: política e performance musical a partir do cancelamento de Linn da Quebrada na parada LGBTQ+ de João Pessoa (PB). Tropos: comunicação, sociedade e cultura, v. 9, n. 2, 2020.

PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. Queer decolonial: quando as teorias viajam. Contemporânea-Revista de Sociologia da UFSCar, v. 5, n. 2, p. 411-411, 2015.

PEREIRA, Simone Luci. Circuito de festas de música “alternativa” na área central de São Paulo: cidade, corporalidades, juventude. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, v. 24, n. 2, 2017.

RINCÓN, Omar. Mutações bastardas da comunicação. MATRIZes, v. 12, n. 1, p. 65-78, 2018.

______. O popular na comunicação: culturas bastardas+ cidadanias celebrities. Revista Eco-Pós, v. 19, n. 3, p. 27-49, 2016.

ROCHA, Rose de Melo. Artivismos musicais de gênero e suas interfaces comunicacionais. In: 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação–Intercom. 2019.

ROCHA, Rose de Melo; NEVES, Thiago Tavares das. “Deixa eu bagunçar você”: Liniker e atravessamentos do trans. In: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, vol. 41, 2018.

SÁ, Simone Pereira de. Cultura digital, videoclipes e a consolidação da Rede de Música Brasileira Pop Periférica. Revista Fronteiras, v. 21, n. 2, 2019.

______. Música Pop-periférica brasileira: videoclipes, performances e tretas na cultura digital. Editora Appris, 2021.

SÁ, Simone Pereira de; CUNHA, Simone Evangelista. Controvérsias do funk no YouTube: o caso do Passinho do Volante. Revista Eco-Pós, v. 17, n. 3, 2014.

SANTOS, Diogo Gabriel Bernardo. O poder do TikTok: uma nova forma das organizações comunicarem. The Trends Hub, n. 3, 2023.

SILVA, João G. O. “Caju” de Liniker atinge a marca de 100 milhões de streams no Spotify. Inmagazine, 23 out. 2024. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2024.

SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

STRAW, Will. Cenas culturais e as consequências imprevistas das políticas públicas. SÁ, Simone Pereira de; JANOTTI JR., Jeder (Org.). Cenas Musicais, v. 1, 2013.

______. Communities and scenes in popular music. In: GELDER, Ken, THORNTON, Sarah (ed). The subcultures reader. New York: Routlegde, 1997. pp. 494-505.

______. Scenes and Sensibilities. E-Compós. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Brasília: 2006.

______. System of Articulation, Logics of change: Communities and scenes in popular music Scenes and Communication in Popular Music. Cultural Studies. Vol. 5, n. 3, 1991, pp. 368-388.

PEDRO, Thomaz. Funk no Brasil: proibidão, putaria, música e cultura. In: Anais da XIII Semana de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo (UFscar), 2015, p. 155-167.

TROTTA, Felipe. Cenas musicais e anglofonia: sobre os limites da noção de cena no contexto brasileiro. Cenas musicais, v. 1, 2013.

______. O samba e suas fronteiras:" pagode romântico" e" samba de raiz" nos anos 1990. Editora Ufrj, 2011.

Publicado

2025-11-11

Cómo citar

Pelúcio, L., & Maciel, L. (2025). Travecas Travessas: voces disidentes en la escena pop periférica. Revista Eco-Pós, 28(2), 200–222. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28514