Constelação fílmica e motivo visual
a piscina vazia no cinema brasileiro contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28310Palavras-chave:
Cinema comparado, Cinema brasileiro contemporâneo, Motivo visual, Constelação fílmica, Piscina vaziaResumo
No intuito de sedimentar os caminhos para a composição das constelações fílmicas, este artigo propõe experimentar com um possível eixo agregador de filmes: o motivo visual, conceito fértil nas artes visuais, mas ainda pouco trabalhado no cinema. A partir de uma metodologia comparatista, analisamos um motivo específico — o da piscina vazia no cinema brasileiro contemporâneo. Indício de decadência de classe, abandono, ruína ou crise, a piscina vazia é transversal em diferentes filmes como: O som ao redor (2012), Que horas ela volta? (2015), Alvorada (2021), Lambada estranha (2020), A felicidade das coisas (2021) e Sem Coração (2023).
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Referências
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Filmes
A FELICIDADE DAS COISAS. Thaís Fujinaga: Filmes de Plástico/ Lira: Brasil, 2021. DCP (87 min).
ALVORADA. Anna Muylaert e Lô Politi: África Filmes/ Dramática Filmes/ Cup Filmes: Brasil, 2021. Digital (80 min).
BENZINHO. Gustavo Pizzi: Canal Brasil/ Baleia Filmes: Brasil, 2018. Película 35mm (95 min).
LAMBADA ESTRANHA. Darks Miranda: filmes da zona abissal: Brasil, 2020. Digital (12 min).
MACUNAÍMA. Joaquim Pedro de Andrade: Difilm/ Filmes do Sêrro/ Grupo Filmes/ Condor FilmesBrasil: Brasil, 1969. Película 35mm (108 min).
MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA. Júlio Bressane: Júlio Bressane Produções Cinematográficas: Brasil, 1969. Película 35mm (68 min).
O PÂNTANO. Lucrecia Martel: Wanda Visiòn S.A.: Argentina, 2001. Película 35mm (103 min). La ciénaga.
O SOM AO REDOR. Kleber Mendonça Filho: Cinemascópio: Brasil, 2012. Película 35mm (131 min).
QUE HORAS ELA VOLTA? Anna Muylaert: África Filmes/ Gullane Entretenimento: Brasil, 2015. Digital (111 min).
SEM CORAÇÃO. Nara Normande e Tião: Cinemascópio, Les Valseurs, Nefertiti Film/Vitrine Filmes, Brasil, 2023. Digital (91 min).
TEMPORADA. André Novais Oliveira: Filmes de Plástico: Brasil, 2018. Digital (113 min).
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