Queer As Folk
Gaycidade e experiências do transbordamento na cultura pop
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v28i2.28609Palavras-chave:
gaycidade, cultura pop, estudos semióticos, estudos queer, séries televisivasResumo
Desenha-se uma leitura semiótica de Queer As Folk (1999), narrativa pertinente para refletir sobre como a cultura pop foi moldando uma “gaycidade” que as séries hoje abordam como tema e problema. A vinte e cinco anos de sua estreia, o artigo questiona como reinterpretamos o legado cultural de uma série que funcionou como dispositivo de educação sexual para toda uma geração, tensionando uma identidade expropriada pelo mercado e as formas autênticas de vida que buscava representar. Em diálogo com os estudos queer, observa-se esta forma de consumo como espaço de produção identitária que articula imaginários da cultura gay a partir de duas tendências mais próprias da cultura pop: um interesse biográfico que situa o protagonista nos margens da bildungsroman, e uma inclinação para certa experiência de transbordamento, condizente com uma subjetividade pós-moderna. Entre a estereotipação e a audácia de televisualizar a dissidência, e entre o manjado testemunho biográfico e a explosão sexual pós-moderna, Queer As Folk é testemunho de um modo sempre conflitivo de retratar a experiência gay na cultura de massa.
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